terça-feira, 15 de setembro de 2009






DESENCUENTRO



En tu camino esparcí mis ansias
tejí un nido de abrazos
en noches de espera...
Tú pasaste de prisa
no era tu sueño
mi sueño...

En tu sombra dibujé mi sombra
trenzé hilos de añoranzas
en rituales de ternura...
Tú pasaste de prisa
no era tu deseo
mi deseo...

En tu destino aporté mi corazón
construí un barco de espejismos
en océanos de locura...
Tú pasaste de prisa
no era tu desvarío
mi desvarío...

Tú pasaste de prisa
no descifraste el misterio
de mis ojos nocturnos...
Tú pasaste de prisa
no entendiste el mensaje
de mi alma gitana...

Tú pasaste en silencio
y en otro silencio yo pasé...




Maria Lua










DESENCONTRO






No teu caminho espalhei meus anseios
teci um ninho de abraços
em noites de espera...
Tu passaste depressa
não era teu sonho
o meu sonho...

Na tua sombra desenhei meu vulto
trancei os fios das saudades
em rituais de ternura...
Tu passaste depressa
não era teu desejo
o meu desejo...

No teu destino aportei meu coração
construí um barco de miragens
em oceanos de loucura,,,
Tu passaste depressa
não era teu desvario
o meu desvario...

Tu passaste depressa
não decifraste o mistério
de meus olhos noturnos...
Tu passaste depressa
não entendeste a mensagem
de minha alma cigana...

Tu passaste em silêncio
e em outro silêncio eu passei...





Maria Lua




sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Poema de Walter Faila







REVESTIDA DE MUSGOS



Walter Faila




¡Desaparecieron!
Se escondieron en los poros de la luna.
Se fueron con la arena abrazadas por las olas.
Se colaron con las notas de la música,
se fugaron de las salas de conciertos.

Y tu estabas allí sentada en una piedra,
observando y escribiendo,
apuntando cada imagen y sustancia.

Nadie sería entonces desconocido o ignorado.

El amor por su peso de sonrisa y de nostalgia,
el cuerpo por su carne y por sus años.

Ahora… vacío,
exprimidos los sueños, tersos, inocuos,
no los veo ni los siento.

Se evadieron por los labios sucesivos,
se piraron por las líneas de unos senos.
Se mudaron en promesas corroídas,
se herrumbraron en el lodo de mis tiempos.

Y tu sigues allí, alma mía,
sentada en una piedra,
revestida de musgos,
sollozando y escribiendo.



Poema de Walter Faila







REVESTIDA DE MUSGOS




Walter Faila



Desapareceram!
Esconderam-se nos poros da Lua.
Foram-se com a areia abraçadas pelas ondas.
Colaram-se às notas da música,
Fugiram das salas de concertos.

E estavas ali sentada em uma pedra,
observando e escrevendo,
apontando cada imagem e substância.

Ninguém seria então desconhecido ou ignorado.

O amor pelo seu peso de sorriso e de nostalgia,
o corpo pela sua carne e pelos seus anos.

Agora… vazio,
torcidos os sonhos, polidos, inócuos,
não os vejo nem os sinto.

Evadiram-se pelos lábios sucessivos,
Desviaram-se pelas linhas de uns seios.
Transladaram-se em promessas corroídas,
Enferrujaram-se no lodo de meus tempos.

E segues ali, alma minha,
sentada em uma pedra,
revestida de musgos,
soluçando e escrevendo.









EN MEDIO DE LA NOCHE




En medio de la noche... tus manos invisibles
me tocan agrestes... rocosas
quitando la venda del sueño
invadiendo las ansias
descifrando los misterios...


En medio de la noche... mi cuerpo inasequible
de espumas y de maremotos
se anida en tu sueño
descansa en tus ansias
aporta en tus éxtasis...


En medio de la noche... tu cuerpo imprevisible
en copas de saliva... sudor... y sangre
me ofrece la sal de las desesperaciones
me envuelve en la miel de las ternuras
me cubre con la paz de los desvaríos...
En medio de la noche...
tu me arrebatas...
en el delirio de tus deseos...


En medio de la noche... tus manos invisibles
navegan entre sábanas de algas
bucean en olas de placeres
naufragan en el océano sensual de todos los secretos...
En medio de la noche... mi cuerpo
la locura serenizada
cabalga orgasmos perfumados de mar
en la pulsación de los silencios...


En medio de la noche... en tu cuerpo indefinido
abraso mi cuerpo
me desprendo de las alas
rompo los remos
prisionera de tu cuerpo...
pierdo mi alma... para siempre
en medio de la noche...



Maria Lua









NO MEIO DA NOITE




No meio da noite... tuas mãos invisíveis
me tocam agrestes... rochosas
desvendando-me o sonho
invadindo-me os anseios
decifrando-me os mistérios...

No meio da noite... meu corpo inatingível
de espumas e de maremotos
aninha-se em teu sonho
descansa em teus anseios
aporta em teus êxtases...

No meio da noite... teu corpo imprevisível
em taças de saliva... suor... e sangue
oferece-me o sal dos desesperos
envolve-me no mel das ternuras
cobre-me com a paz dos desvarios...
No meio da noite...
tu me arrebatas...
no delírio de teus desejos...

No meio da noite... tuas mãos invisíveis
navegam entre lençóis de algas
mergulham em ondas de prazeres
naufragam no oceano sensual de todos os segredos...
No meio da noite... meu corpo
a loucura serenizada
cavalga orgasmos de maresias...
na pulsação dos silêncios...

No meio da noite... em teu corpo indefinível
abraso o meu corpo
desprendo-me das asas
quebro os remos
prisioneira de teu corpo...
perco a minha alma... para sempre
no meio da noite...




Maria Lua