quarta-feira, 9 de dezembro de 2009






VESTIGIOS




Traigo vestigios en el alma
de largos caminos andados...

Cicatrices de ternuras perdidas
en los afligidos desamores...
Marcas de lágrimas contenidas
en noches de ausencias...
Arrugas de deseos reprimidos
en los rituales absurdos...
Sombras de recuerdos dolidos
em Lunas silenciosas ...
Rastros de sueños partidos
en esquinas de desencuentros...
Estelas de naufragios locos
en los mares del corazón...

De largos caminos andados
traigo vestigios en el alma...


De largos caminos andados
traigo vestigios en mí...




Maria Lua








VESTÍGIOS



Trago vestígios na alma
de longos caminhos andados...

Cicatrizes de ternuras perdidas
nos aflitos desamores...
Marcas de lágrimas contidas
em noites de ausências...
Rugas de desejos reprimidos
nos rituais absurdos...
Sombras de saudades doídas
em luares de silêncios...
Rastros de sonhos partidos
em esquinas de desencontros...
Pegadas de naufrágios loucos
nos mares do coração...

De longos caminhos andados
trago vestígios na alma...


De longos caminhos andados
trago vestígios em mim...



Maria Lua


segunda-feira, 23 de novembro de 2009








Explosión






En playas de alucinación
olas en lágrimas de espuma
rasgan trillas de desesperanza...

Dejé en el silencio de las arenas
cenizas de pasión
en las manos del viento..
Arranqué de los cabellos hilos de Sol
y deshice nubes de fantasía
de mis ojos ausentes...
Trencé flequillos de desatinos
en mi manto de Noche sin Luna...

En playas de deseos sin frenos
ondas de delirios contenidos
revientan en peñascos de ilusiones...

Perdí en el perfil incierto de las arenas
los contornos de la pasión
sumergidos en las mareas...
Pensé ver en el vuelo de las gaviotas
fragmentos de faros huidizos
de tus ojos distantes...
Atranqué lamentos de añoranza
en el verde sótano de los océanos...

No sé en que barco partiste
llevando el esbozo de tantas locuras...
No sé en que mares navegas
olvidado de tantas promesas...
No sé que Estrela guiará
tus vacíos descaminos...

Quedé en la playa sin nadaderas sin escamas
sin alas sin encantamientos...
Permanecí inmueble
trainera rota
contemplando la Soledad
de los castillos de delirios
deshechos en la paz de las arenas
en la explosión de los sueños perdidos...


MARIA LUA



ARREBENTAÇÃO






ARREBENTAÇÃO


Nas praias da alucinação
ondas em lágrimas de espuma
rasgam trilhas de desespero...
family:verdana;
Deixei no silêncio das areias
as cinzas da paixão
entregues ao vento..
Arranquei dos cabelos os fios de Sol
e desfiz as nuvens da fantasia
de meus olhos ausentes...
Trancei franjas de desatinos
em meu manto de Noite sem Lua...

Nas praias dos desejos sem freios
vagas de delírios contidos
arrebentam nos penhascos das ilusões...

Perdi no perfil incerto das areias
os contornos da paixão
submersos nas ondas...
Pensei ver no vôo das gaivotas
fragmentos de faróis fugidios
de teus olhos distantes...
Tranquei lamentos de saudade
no verde porão dos oceanos...

Não sei em que barco partiste
levando o esboço de tantas loucuras...
Não sei em que mares navegas
esquecido de tantas promessas...
Não sei que Estrela guiará
teus vazios descaminhos...


Fiquei na praia sem nadadeiras sem escamas
sem asas sem encantamentos...
Permaneci imóvel
traineira quebrada
contemplando a Solidão
dos castelos de delírios
desfeitos na paz das areias
na arrebentação dos sonhos perdidos


Maria Lua

domingo, 1 de novembro de 2009







DESEOS




Quería tu abrazo de incendios
en las llamas de mi cuerpo inquieto...
Quería fulgores de delirios
en el vino de mis desaciertos...
Quería tu sombra besando mi sombra
en cualquiera esquina
en cualquier camino
en cualquier secreto...

Quería que tú bajaras de tu silencio
y alunizaras en mi silencio
ante la mirada de ternura
de las luciérnagas y de los grillos...
Quería que tú anclaras tu cansancio
en el puerto inseguro de mi cansancio...
Quería tu sueño soñando mi sueño
a pesar de las incertidumbres
a pesar de las inquietudes
a pesar del caos...

Quería beber el vino de tu deseo
en la copa de mi deseo
y recriar centellas de placer
éxtasis de un instante
instante de magia y eternidad
en la vendimia de la pasión...
Quería ser tu vino de locuras
y que tú fueras también mi vino de locuras
en la agonía luminosa del amor...

Quería ser tu ángel tu timón
tu error tu perdición
tu vuelo tu naufragio
tu eterno y único deseo...




Maria Lua









DESEJOS




Queria teu abraço de incêndios
nas chamas de meu corpo inquieto...
Queria fulgores de delírios
no veio dos meus desacertos...
Queria tua sombra beijando minha sombra
em qualquer esquina
em qualquer caminho
em qualquer segredo...

Queria que descesses do teu silêncio
e alunissasses em meu silêncio
ante o olhar de ternura dos vaga-lumes e dos grilos...
Queria que ancorasses teu cansaço
no porto inseguro de meu cansaço...
Queria teu sonho sonhando meu sonho
apesar das incertezas
apesar das inquietudes
apesar do caos...

Queria beber o vinho de teu desejo
na taça do meu desejo
e recriar cintilações de prazer
êxtase de um instante
instante de magia e eternidade
na vindima da paixão...
Queria ser teu vinho de loucuras
e que fosses também o meu vinho de loucuras
na agonia luminosa do amor...

Queria ser teu anjo teu leme
teu erro tua perdição
teu vôo teu naufrágio
teu eterno e único desejo...




Maria Lua




domingo, 18 de outubro de 2009

SUAVE CAUTIVERIO






SUAVE CAUTIVERIO




Mis ojos... luceros lunares
vislumbran espejismos
husmean hechizos
hipnotizan estrellas
y se pierden y se prenden
esclavos hambrientos... del Sol de tus ojos...

Mis labios... fresas silvestres
saborean seducciones
susurran delirios
se entreabren al viento
y se pierden y se prenden
esclavos sedientos... de la Miel de tus labios...

Mis manos... artesanas de sueño
esculpen ternuras
delinean delicias
tejen magias de arco iris
y se pierden y se prenden
esclavas ansiosas... del Toque de tus manos...

Mis brazos... alas sin nido
dibujan distancias
envuelven alucinaciones
se alargan más allá del horizonte
y se pierden y se prenden
esclavos cautivos... del Abrazo en tus brazos...

Mi cuerpo... barco a la deriva
enfrenta borrascas
supera tormentas
emerge de los océanos
y se pierde y se prende
esclavo náufrago... del Muelle de tu cuerpo...

Mi alma... gitana errante
sobrepasa las eras
atraviesa los universos
transmigra serena
y se pierde y se prende
esclava libre... Alma Gemela de tu alma...




Maria Lua








SUAVE CATIVEIRO



Meus olhos... luzeiros lunares
vislumbram miragens
farejam feitiços
hipnotizam estrelas
e se perdem e se prendem
escravos famintos... do Sol de teus olhos...

Meus lábios... morangos silvestres
saboreiam seduções
sussurram delírios
entreabrem-se ao vento
e se perdem e se prendem
escravos sedentos... do Mel de teus lábios...

Minhas mãos... rendeiras de sonho
esculpem ternuras
delineiam delícias
tecem magias de arco-íris
e se perdem e se prendem
escravas aflitas... da Concha de tuas mãos...

Meus braços... asas sem ninho
desenham distâncias
envolvem alucinações
alongam-se além do horizonte
e se perdem e se prendem
escravos cativos... do Abraço em teus braços...

Meu corpo... barco sem rumo
enfrenta borrascas
supera tormentas
emerge dos oceanos
e se perde e se prende
escravo náufrago... do Cais de teu corpo...

Minha alma... cigana errante
ultrapassa as eras
atravessa os universos
transmigra serena
e se perde e se prende
escrava liberta... Alma Gêmea de tua alma...




Maria Lua





terça-feira, 6 de outubro de 2009







Yo romperé mi sueño...




Yo romperé mi sueño
y sembraré los trozos
en el polvo de las estrellas...

Y serán pétalos de luz
abandonados
en la soledad de la noche...

Y serán pedazos de fantasía
dispersos
muy lejos del mundo...

Y serán gotas de emoción
contenidas
en las venas heladas...

Y serán lágrimas ardientes
sofocadas
en la melancolía del corazón...

Y serán versos centelleantes
arreglados en la serena desesperación
de un poema...

Yo sembraré los trozos
de mi sueño roto
en el polvo de las estrellas...

Y surgirá de la noche oscura
la más luminosa alegría
de la estrella de la mañana...

Yo romperé mi sueño...
Yo romperé mi sueño...
Yo romperé mi sueño...




Maria Lua









CACOS DE SONHOS




Eu quebrarei meu sonho
e semearei os cacos
na poeira das estrelas...

E serão pétalas de luz
abandonadas
na solidão da noite...

E serão retalhos de fantasia
dispersos
bem longe do mundo...

E serão gotas de emoção
contidas
nas veias congeladas...

E serão lágrimas ardentes
sufocadas
na melancolia do coração...

E serão versos cintilantes
arrumados
no sereno desespero
de um poema...

Eu semearei os cacos
do meu sonho quebrado
na poeira das estrelas...

E surgirá da noite escura
a mais luminosa alegria
da estrela da manhã...

Eu quebrarei meu sonho...
eu quebrarei meu sonho...
eu quebrarei meu sonho..





Maria Lua




terça-feira, 15 de setembro de 2009






DESENCUENTRO



En tu camino esparcí mis ansias
tejí un nido de abrazos
en noches de espera...
Tú pasaste de prisa
no era tu sueño
mi sueño...

En tu sombra dibujé mi sombra
trenzé hilos de añoranzas
en rituales de ternura...
Tú pasaste de prisa
no era tu deseo
mi deseo...

En tu destino aporté mi corazón
construí un barco de espejismos
en océanos de locura...
Tú pasaste de prisa
no era tu desvarío
mi desvarío...

Tú pasaste de prisa
no descifraste el misterio
de mis ojos nocturnos...
Tú pasaste de prisa
no entendiste el mensaje
de mi alma gitana...

Tú pasaste en silencio
y en otro silencio yo pasé...




Maria Lua










DESENCONTRO






No teu caminho espalhei meus anseios
teci um ninho de abraços
em noites de espera...
Tu passaste depressa
não era teu sonho
o meu sonho...

Na tua sombra desenhei meu vulto
trancei os fios das saudades
em rituais de ternura...
Tu passaste depressa
não era teu desejo
o meu desejo...

No teu destino aportei meu coração
construí um barco de miragens
em oceanos de loucura,,,
Tu passaste depressa
não era teu desvario
o meu desvario...

Tu passaste depressa
não decifraste o mistério
de meus olhos noturnos...
Tu passaste depressa
não entendeste a mensagem
de minha alma cigana...

Tu passaste em silêncio
e em outro silêncio eu passei...





Maria Lua




sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Poema de Walter Faila







REVESTIDA DE MUSGOS



Walter Faila




¡Desaparecieron!
Se escondieron en los poros de la luna.
Se fueron con la arena abrazadas por las olas.
Se colaron con las notas de la música,
se fugaron de las salas de conciertos.

Y tu estabas allí sentada en una piedra,
observando y escribiendo,
apuntando cada imagen y sustancia.

Nadie sería entonces desconocido o ignorado.

El amor por su peso de sonrisa y de nostalgia,
el cuerpo por su carne y por sus años.

Ahora… vacío,
exprimidos los sueños, tersos, inocuos,
no los veo ni los siento.

Se evadieron por los labios sucesivos,
se piraron por las líneas de unos senos.
Se mudaron en promesas corroídas,
se herrumbraron en el lodo de mis tiempos.

Y tu sigues allí, alma mía,
sentada en una piedra,
revestida de musgos,
sollozando y escribiendo.



Poema de Walter Faila







REVESTIDA DE MUSGOS




Walter Faila



Desapareceram!
Esconderam-se nos poros da Lua.
Foram-se com a areia abraçadas pelas ondas.
Colaram-se às notas da música,
Fugiram das salas de concertos.

E estavas ali sentada em uma pedra,
observando e escrevendo,
apontando cada imagem e substância.

Ninguém seria então desconhecido ou ignorado.

O amor pelo seu peso de sorriso e de nostalgia,
o corpo pela sua carne e pelos seus anos.

Agora… vazio,
torcidos os sonhos, polidos, inócuos,
não os vejo nem os sinto.

Evadiram-se pelos lábios sucessivos,
Desviaram-se pelas linhas de uns seios.
Transladaram-se em promessas corroídas,
Enferrujaram-se no lodo de meus tempos.

E segues ali, alma minha,
sentada em uma pedra,
revestida de musgos,
soluçando e escrevendo.









EN MEDIO DE LA NOCHE




En medio de la noche... tus manos invisibles
me tocan agrestes... rocosas
quitando la venda del sueño
invadiendo las ansias
descifrando los misterios...


En medio de la noche... mi cuerpo inasequible
de espumas y de maremotos
se anida en tu sueño
descansa en tus ansias
aporta en tus éxtasis...


En medio de la noche... tu cuerpo imprevisible
en copas de saliva... sudor... y sangre
me ofrece la sal de las desesperaciones
me envuelve en la miel de las ternuras
me cubre con la paz de los desvaríos...
En medio de la noche...
tu me arrebatas...
en el delirio de tus deseos...


En medio de la noche... tus manos invisibles
navegan entre sábanas de algas
bucean en olas de placeres
naufragan en el océano sensual de todos los secretos...
En medio de la noche... mi cuerpo
la locura serenizada
cabalga orgasmos perfumados de mar
en la pulsación de los silencios...


En medio de la noche... en tu cuerpo indefinido
abraso mi cuerpo
me desprendo de las alas
rompo los remos
prisionera de tu cuerpo...
pierdo mi alma... para siempre
en medio de la noche...



Maria Lua









NO MEIO DA NOITE




No meio da noite... tuas mãos invisíveis
me tocam agrestes... rochosas
desvendando-me o sonho
invadindo-me os anseios
decifrando-me os mistérios...

No meio da noite... meu corpo inatingível
de espumas e de maremotos
aninha-se em teu sonho
descansa em teus anseios
aporta em teus êxtases...

No meio da noite... teu corpo imprevisível
em taças de saliva... suor... e sangue
oferece-me o sal dos desesperos
envolve-me no mel das ternuras
cobre-me com a paz dos desvarios...
No meio da noite...
tu me arrebatas...
no delírio de teus desejos...

No meio da noite... tuas mãos invisíveis
navegam entre lençóis de algas
mergulham em ondas de prazeres
naufragam no oceano sensual de todos os segredos...
No meio da noite... meu corpo
a loucura serenizada
cavalga orgasmos de maresias...
na pulsação dos silêncios...

No meio da noite... em teu corpo indefinível
abraso o meu corpo
desprendo-me das asas
quebro os remos
prisioneira de teu corpo...
perco a minha alma... para sempre
no meio da noite...




Maria Lua


domingo, 30 de agosto de 2009






INMOVILIDAD




Déjame navegar en los mares de tus silencios...
Secretos abisales enmudecen auroras
aprisionan sueños
encubren añoranzas...



En la mudez atónita de tus labios
se esconden esbozos de murmullos...
En la sordera distante de tus oídos
se atropellan presagios de invitaciones...
En la inmovilidad cálida de tus manos
se dibujan siluetas de caricias...



Déjame explorar las trillas de tus misterios...
Recuerdos ancestrales revelan ocasos
liberan emociones
ahogan miedos...

En la claridad absurda de tus ojos
se encienden locuras...
En el enigma obscuro de tu rostro
se enraízan deseos...
En la inquietud serena de tus brazos
se reinventan los abrazos...

Déjame soñar a orillas de tu ausencia...
Lentos rituales renuevan delirios
inmovilizan gestos
transfiguran la Soledad...





Maria Lua




IMOBILIDADE




Deixa-me navegar nos mares de teus silêncios...
Segredos abissais emudecem auroras
aprisionam sonhos
encobrem saudades...

Na mudez atônita dos teus lábios
escondem-se esboços de murmúrios...
Na surdez longínqua de teus ouvidos
atropelam-se presságios de convites...
Na imobilidade cálida de tuas mãos
esvaem-se silhuetas de carícias...

Deixa-me desbravar as trilhas de teus mistérios...
Lembranças ancestrais revelam ocasos
libertam emoções
desvendam medos...

Na claridade absurda de teus olhos
incendeiam-se loucuras...
No enigma obscuro de teu rosto
enraízam-se desejos...
Na inquietude serena de teus braços
reinventam-se os abraços...

Deixa-me sonhar às margens de tua ausência...
Lentos rituais renovam delírios
imobilizam gestos
transfiguram a Solidão...




Maria Lua







segunda-feira, 10 de agosto de 2009






CANTIGA DA LUA




Lua... tu que desvendas desvarios
nos vãos dos desejos
sabes em que caminhos vagueia
o meu amigo?
Lua... quem dera soubesses
onde o meu amigo vagueia...

Lua... tu que acendes inquietudes
nas curvas das insônias
sabes em que distâncias se enleia
o meu amado?
Lua... quem dera soubesses
onde o meu amado se enleia...

Lua... tu que espreitas saudades
nas frestas das despedidas
sabes que loucas paixões incendeia
o meu amigo?
Lua... quem dera soubesses
a quem o meu amigo incendeia...

Lua... tu que alumias silêncios
nas fontes das solidões
sabes por que novos amores anseia
o meu amado?
Lua... quem dera soubesses
por quem o meu amado anseia...


Lua... dá-me o teu perfil de magia
para encantar o meu amigo...
Lua... dá-me o teu anel de nuvens
para envolver o meu amado...








Maria Lua













CANTIGA DE LA LUNA





Luna... tú que sembras desvaríos
en los huecos de los deseos
¿sabes que caminos recorre
mi amigo?
Luna... ojalá supieras
donde mi amigo camina...

Luna... tú que enciendes inquietudes
a las orillas de los insomnios
¿sabes en que distancia se esconde
mi amado?
Luna... ojalá supieras
donde mi amado se esconde...

Luna... tú que descifras añoranzas
en presagios de despedidas
¿sabes en que locas pasiones se pierde
mi amigo?
Luna... ojalá supieras
con quien mi amigo se pierde...

Luna... tú que alumbras silencios
en fuentes de soledades
¿sabes por cuales nuevos amores ansia
mi amado?
Luna... ojalá supieras
por quien mi amado ansia...


Luna... dame tu silueta de magia
para hechizar a mi amigo...
Luna... dame tu anillo de nubes
para envolver a mi amado...
Maria Lua
***

quarta-feira, 29 de julho de 2009







MANERA DE AMAR


Yo sé amar solamente
así... de golpe
- viento en plena tempestad
que va derrumbando árboles
y pronto vuelve dulcemente
para besar hojas en el suelo...

Yo sé amar solamente
así... con prisa
- débil llama de una vela
capaz de incendiar el mundo en un instante
y de apagarse rapidamente
en la fragilidad de un soplo...

Yo sé amar solamente
de una manera insólita
cortando hilos de poemas
y rompiendo pétalos de estrellas
para morir melancolicamente
en vestigios de luz...

Yo sé amar solamente
de una manera medio loca
derramando versos infinitos
en cielos de noches alumbradas
hasta desamar desesperadamente
entre rimas torcidas y amargas...

Yo sé amar solamente
de una manera dramática
de quien se ahoga en el centro de un naufragio
rasgando venas y sofocando sueños
para deshojar serenamente
ritmos de lágrimas en los caminos...



Maria Lua










JEITO DE AMAR



Eu só sei amar
assim... de repente
vento em plena tempestade
que vai derrubando as árvores
e logo volta docemente
para beijar as folhas pelo chão...

Eu só sei amar
assim... com pressa
débil chama de uma vela
capaz de incendiar o mundo num instante
e de se apagar rapidamente
na fragilidade de um sopro...

Eu só sei amar
de um jeito insólito
cortando os fios dos poemas
e quebrando as pétalas das estrelas
para morrer melancolicamente
nos vestígios da luz...

Eu só sei amar
de um jeito meio louco
derramando versos infinitos
no céu das noites iluminadas
até desamar desesperadamente
entre rimas tortas e amargas...

Eu só sei amar
de um jeito assim dramático
de quem se afoga no centro de um naufrágio
rasgando as veias e sufocando os sonhos
para desfolhar serenamente
o ritmo das lágrimas pelos caminhos...



Maria Lua




quinta-feira, 25 de junho de 2009








HACE MIL LUNAS...




Hace mil Lunas que Te busco...
Ya no sé
en que sombra de la noche
dejé encendido
la lumbre de mi deseo...
Segui en vano
en el desencuentro de los valles
entre montañas
sin forma...
Y me perfumé
con aroma de viento
y trencé mis cabellos
con hilos de Sol...

Hace mil Lunas que Te busco...
Yo no puedo
errar el camino
otra vez...
Mis pies
se ahogaron en los rastros
de los rumbos sin vuelta...
Mis ojos
se cegaron en las puntas
de los astros sin luz...
Mi silueta
se alejó en la distancia
de los mares sin sal...

Hace mil Lunas que Te busco...
Tanto tiempo Te he buscado
por todas las partes
por toda la vida
sin que pueda ver
el brillo de Tu Estrella...

Hace mil Lunas que Te busco...
Estoy sola
a espera de Tu Paz...



Maria Lua






HÁ MIL LUAS...




Há mil Luas que Te procuro...
Já nem sei
em que sombra da Noite
deixei aceso
o lume do meu desejo...
Segui em vão
no desencontro dos vales
entre montanhas
sem forma...
E me perfumei
com aroma de vento
e trancei meus cabelos
com fios de Sol...

Há mil Luas que Te procuro...
Eu não posso
errar o caminho
outra vez...
Meus pés
imergiram nos rastros
dos rumos sem volta...
Meus olhos
se cegaram nas pontas
dos astros sem luz...
Meu vulto
se afastou na distância
dos mares sem sal...

Há mil Luas que Te procuro...
Tanto tenho Te buscado
por toda a parte
por toda a vida
sem que possa ver
o brilho de Tua Estrela...

Há mil Luas que Te procuro...
Estou só
à espera de Tua Paz...


Maria Lua




quinta-feira, 4 de junho de 2009





NOITE




Na Noite dos desencantos
desfiz teu rosto de espuma
na placidez das areias...
Não vi cintilar a Estrela
no espelho das ondas...
Adormeci mágoas e silêncios
na eternidade do oceano...

Na Noite dos desesperos
rasguei minhas veias de pedra
na indiferença dos penhascos...
Não senti a magia da Lua
na solidão das vagas...
Afoguei sonhos e delírios
nas distâncias sem fim...

E me ausentei
de meu corpo náufrago
abandonando velas e remos...
E me ausentei
de minha alma aflita
esquecendo asas e miragens...

Na Noite dos desatinos
eu me perdi de ti
e de mim
na mais louca ausência...
E anoiteci
corpo e alma...



Maria Lua





****************************












NOCHE




En la Noche de los desencantos
deshice tu rostro de espuma
en la placidez de las arenas...
No he visto destellar la estrella
en el espejo de las olas...
Adormecí resentimientos y silencios
en la eternidad del océano...


En la Noche de las desesperaciones
rasgué mías venas de piedra
contra la indiferencia de los peñascos...
No sentí la magia de la Luna
en la soledad del mar...
Ahogué sueños y delirios
en las distancias sin fin...


Y me ausenté
de mi cuerpo náufrago
abandonando velas y remos...
Y me ausenté
de mi alma apenada
olvidando alas e ilusiones...


En la Noche de los desatinos
yo me perdí de ti
y de mí
en la más loca ausencia...
Y anochecí
cuerpo y alma...




Maria Lua
*******************************



quinta-feira, 7 de maio de 2009

ALMA INFINITA
Llevaré mi alma
a través del peñasco absoluto...
Atravesaré las venas de las piedras
succionaré la sangre de los arrecifes
rasgaré las entrañas de los corales
y bucearé en el corazón del océano...
Y serán náufragos los sueños
ahogadas las pasiones
olvidados los recuerdos
disueltos los resentimientos...
Allá en el fondo del abismo
cabalgaré nuevos mares
en el dorso del caballo marino...
Presentiré otros rumbos
en los pétalos de una estrella de mar...
Y entre gaviotas y albatrozes
voy a renacer Sirena
para reinventar el Sueño
y recriar el Amor
bajo el hechizo de Neptuno...
y seguiré mi destino
seré gota de ola
incierta y luminosa
hasta el infinito...
Maria Lua
***************************
ALMA INFINITA
Levarei minha alma
através do rochedo absoluto...
Atravessarei as veias das pedras
sugarei o sangue dos recifes
rasgarei as entranhas dos corais
e mergulharei no coração do oceano...
E serão náufragos os sonhos
afogadas as paixões
esquecidas as lembranças
dissolvidas as mágoas...
La no fundo do abismo
cavalgarei novos mares
no dorso do cavalo marinho...
Pressentirei outros rumos
nas pétalas da estrela-do-mar...
E entre gaivotas e albatrozes
vou renascer Sereia
para reinventar o Sonho
e recriar o Amor
sob o feitiço de Netuno...
E seguirei meu destino
serei gota de onda
incerta e luminosa
até o infinito...
Maria Lua

quarta-feira, 15 de abril de 2009

MULHER-LUA






Mulher-Lua


Não queiras invadir minha Solidão
que tenho sede de ausência
e sou feliz na distância
se estou em paz no silêncio
da Noite...

Eu não preciso do som de tuas palavras:
tenho uma orquestra de ondas
que arrebentam nas pedras...

Eu não preciso do afago de tuas mãos:
a carícia do vento
toca meu rosto
e me arrepia...

Eu não preciso da luz de teus olhos:
o brilho das estrelas
jorra em meu caminho
e me faz cintilar...

Não queiras invadir minha Solidão
eu sou MULHER-LUA
EREMITA e POETA...



Maria Lua

MUJER-LUNA

No quieras invadir mi Soledad

que tengo sed de ausencia

soy feliz en la distancia

y estoy en paz en el silenciode la Noche...

Yo no necesito el sonido de tus palabras:

tengo una orquesta de olas

que revientan en las piedras...

Yo no necesito la ternura de tus manos:

la caricia del viento

toca mi rostro y me eriza...

Yo no necesito la luz de tus ojos:

el brillo de las estrellas

se derrama en mi camino

y me hace destellar...

No quieras invadir mi Soledad

yo soy MUJER-LUNA

EREMITA y POETA...

Maria Lua

domingo, 12 de abril de 2009

Rio Paraíba do Sul - São Fidélis/RJ/BR

ALMA DE RIO


Eu nasci
às margens de um rio...
É por isso que trago comigo
a sensação
de estar sempre passando...
Não tenho raízes
nem desejos de volta...
Eu não sou
nem estou
apenas passo
sem deixar marcas
ou vestígios...
E toco suavemente
as arestas da vida...
E vou indo
entre versos incompletos
em novos caminhos
em busca do mistério
pois carrego
esta sede imensa de Mar...
Eu passo em águas claras
espalhando meus sonhos
na canção da brisa...
Meu corpo
esconde bem fundo
esta minha Alma de Rio...
E trago em mim
o germe transitório
da eterna viagem
que vai além
das curvas verdes
do sem fim...


Maria Lua

***********************************************

ALMA DE RÍO



Yo nací
a las orillas de un río...
Es por eso que traigo conmigo
la sensación
de estar siempre pasando...
No tengo raíces
ni deseos de vuelta...
Yo no soy… ni estoy
solamente paso
sin dejar señales… o vestigios...
Y toco suavemente
las aristas de la vida...
Y voy yendo
entre versos incompletos
por nuevos caminos
en la búsqueda del misterio
pues llevo conmigo
esta sed inmensa de Mar...
Yo paso en aguas claras
esparciendo mis sueños
en la canción de la brisa...
Mi cuerpo esconde en lo hondo
esta mi Alma de Río...
Y traigo en mí
el germen transitorio
del eterno viaje
que va más allá
de las curvas verdes
de lo sin fin...



Maria Lua


DE LUNA Y DE ESTRELLAS


De Luna y de Estrellas
yo entiendo...

Mis ojos reflejan
el misterio contenido
en el eterno interrogante
de Antares...
Mi rostro revela
el delirio escondido
en las inestables formasde la Luna...

De Luna y de Estrellas
yo entiendo...

Mis brazos se alargan
hacia el infinito
y abrazan la sensual belleza
de Aldebarán...
Mis labios imitan lejanos sonidos
e imploran el imposible sueño
a la Estrella Fugaz...

De Luna y de Estrellas
yo entiendo...

Mi corazón enamorado
- niño viajero –
jugueteando
entre los anillos de Saturno
renace Amor
bajo la divina protección
de Júpiter...

De Luna y de Estrellas
yo entiendo...

Mi cuerpo
se oculta en silencio
prisionero
de los telúricos deseos
de Venus
Mi alma va huyendo
insatisfecha
bajo la magia
del inaccesible poema
de Neptuno...

De Luna y de Estrellas
yo entiendo...

Maria Lua

terça-feira, 7 de abril de 2009












DE LUA E DE ESTRELAS



De Lua e de Estrelas
é que eu entendo...

Meus olhos refletem
o mistério contido
na eterna pergunta
de Antares...
Meu rosto revela
o delírio escondido
nas formas instáveis
da Lua...

De Lua e de Estrelas
é que eu entendo...

Meus braços
se alongam no infinito
e abraçam a beleza sensual
de Aldebarã...
Meus lábios
imitam sons distantes
e imploram o sonho impossível
à Estrela Cadente...

De Lua e de Estrelas
é que eu entendo...

Meu coração apaixonado
- viajante menino –
brincando
entre os anéis de Saturno
renasce Amor
sob a divina proteção
de Júpiter...

De Lua e de Estrelas
é que eu entendo...

Meu corpo
se oculta no silêncio
prisioneiro
dos desejos telúricos
de Vênus
Minha alma vai fugindo
insatisfeita
sob a magia
do poema inatingível
de Netuno...

De Lua e de Estrelas
é que eu entendo...


Maria Lua